Sobre o projecto
O projecto pretende contribuir para o aumento da participação democrática e do envolvimento da população jovem em Angola para o desenvolvimento do país (objetivo geral).
A experiência adquirida pelo VIS (requerente), os Salesianos de Dom Bosco (SDB) e a ICRA (co-requerentes) no desenvolvimento dos projectos em Angola e pela análise da mais recente documentação a respeito da situação dos Jovens (como da Criança) no país, há a salientar diferentes níveis de limitações concretas do país que obstruem a possibilidades da inclusão e o envolvimento dos jovens como:
- A população jovem tem um baixo nível de interesse/participação na vida cívica e social do país;
- A participação em programas de voluntariado entre a juventude é escassa;
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O diálogo entre os jovens e as Instituições, as ALs e OSCs é quase inexistente, os espaços e as ferramentas de diálogo, conhecimento e monitoria sobre a juventude não são activos ou resultam ser pouco funcionais e os funcionários públicos das Instituições e AL não são capacitados e conscientes das modalidades de abordagem participativa e de diálogo com os Jovens.
Portanto, para estabelecer as bases do desenvolvimento socioeconômico do país baseado nos jovens, é fundamental considerar o envolvimento da juventude, incluindo os mais vulneráveis e as mulheres.
O projecto “O Futuro nas Nossas Mãos: nos jovens protagonistas do desenvolvimento de Angola” pretende contribuir no aumento da participação democrática e no envolvimento da população jovem com uma abordagem especial na juventude mais vulnerável e nas jovens mulheres em Luanda, Moxico, Benguela e Cabinda com um alcance nacional.
O grupo alvo é composto da Jovens, técnicos e funcionários dos OSC e AL competentes, organizações/associações/network juvenis e AL, OSC, Universidades, Entidades Académicas e Centros de Estudos/Pesquisas.
2.000 jovens (entre os quais o 75% vulneráveis/em risco e 52% mulheres) beneficiarão dum empoderamento do conhecimento sobre os seus Direitos Humanos e Cívicos, e estarão envolvidos em actividades de voluntariado, acções de cidadania activa e de participação juvenil.
Está previsto um grupo de beneficiários finais de 80.000 jovens entre os quais o 75% vulneráveis/em risco e 52% mulheres (% em acordo com o Censo 2014).
50 técnicos e funcionários de OSC e AL/Instituições públicas nos quais realçam-se limitações como a carências de capacidades técnicas e de concertação eficaz, poucas sinergias na implementação e participação nas políticas públicas, poucas tentativas de se conectar e trocar experiências, baixa familiaridade com as leis e conseguinte não aplicação, beneficiarão de capacitação específica/assistência técnica, bem como de um ciclo de workshops específicos sobre a participação, para atender às suas exigências a favor de um grupo mais amplo de 250 técnicos e funcionários (beneficiários finais).
O projecto será implementado para o VIS em Parceria com os SDB e ICRA: Desta proposta fazem parte em total 26 Associados na acção, essencialmente ALs e OSCs relevantes para a temática de promoção da participação juvenil e proteção dos direitos deste grupo alvo.
O projecto tem um alcance que se pretende nacional, sendo que parte das actividades irão ser desenroladas nas Províncias de Luanda, Benguela, Moxico e Cabinda e terá a duração de 36 meses.
OBJECTIVOS DO PROJECTO
1) AUMENTAR O DESENVOLVIMENTO E A PARTICIPAÇÃO NA VIDA CÍVICA E SOCIAL NO PAÍS DOS JOVENS
Resultado esperado – A população de jovens é sensibilizada e tem um maior conhecimento do significado/diversas modalidades de participação na vida cívica-social do país
Serão usados os médias e em geral meios de comunicação juvenis e de fácil acesso, como debates radiofónicos, ciclos de cinemas com palestras participativas e o uso do web e do streaming. Desta forma iremos promover o voluntariado entre os jovens das 4 províncias, mas também o exercício da cidadania e da participação ativa na vida social e política do país.
Resultado esperado – A participação em programas de voluntariado entre a juventude é aumentada
Será necessária a promoção das lideranças entre eles, com particular atenção à participação activa e ao associativismo feminino, portadores de interesses específicos para desenvolver actividades de voluntariado dirigidas aos jovens.
2) PROMOVER E CONSOLIDAR FERRAMENTAS DE DIÁLOGO E CONHECIMENTO MULTI-ACTOR DA REALIDADE JUVENIL
Resultado esperado – O diálogo entre os jovens, Instituições, AL e OSC é aumentado
Rende-se necessário criar espaços de encontros e de diálogo a nível horizontal para fomentar o diálogo intergeracional e o intercâmbio entre os jovens e as Instituições da governação local. Com as actividades previstas para este Resultado, pretendemos implementar actividades que aumentam a participação dos jovens e suas Associações/Network, criando fluxos de comunicação com Instituições, AL e OSC.
Porém, a presente ação reforça a capacidade de participação construtiva de expressões organizadas e inovadoras no âmbito do Associativismo Juvenil e dos grupos juvenis portadores de interesses específicos, utilizando o apoio a terceiros como vertente para atingir as associações locais juvenis que têm dificuldade a ter acesso direto aos fundos, mas têm grande impacto a nível local.
Resultado esperado – As ferramentas de diálogo, conhecimentos e monitória multi-actor da realidade juvenil são activo
Necessário ter uma visão multifacetada da juventude que possa entre os outros contribuir para as políticas públicas sobre a juventude e influencia-las. De forma a atingir este Resultado iremos criar um Observatório Permanente sobre a Juventude, a produção de um Estudo de base sobre a situação da juventude, um Mapeamento sobre o associativismo/voluntariado juvenil e relatórios científicos capazes de afetar as políticas públicas.
Resultado Esperado – As instituições, AL e OSC são capacitadas e mais conscientes das modalidades de abordagem participativa e de diálogo com os Jovens
Se pretende que a participação activa da SC no processo evolutivo da juventude em Angola ganhe um novo ímpeto e capacidade, por força de uma maior integração entre o sistema público com iniciativas de parceiros privados e, com o aproveitamento dos sistemas tradicionais, é importante dotar os membros destas entidades relevantes de novas competências e conhecimentos no que diz a participação democrática juvenil.

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